segunda-feira, 19 de junho de 2006

Esta coisa pega!!!

Este inferno de amar- como eu amo!-
Quem mo pôs aqui na alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
como é que se veio atear.
Quando- ai quando se há-de ela apagar
.........................................................
Eu não sei, não me lembra: o passado,
a outra vida que vivi
Era um sonho talvez...- foi um sonho-
Em que paz tã serena o dormi!
Oh! Que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
.................................................................
Só me lembro, que um dia formoso,
eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? E eu que fiz? - não o sei;
Mas nessa hora a viver começei...
"Almeida Garrett "

6 comentários:

Riça disse...

Depreendo que o Hugo gosta de poesia. Não haverá por aí uns originais para eu poder dizer mal...ou bem!
Parabéns pelo seu Blog.
AMEF vê lá se escreves alguma coisa...
ARDINA idem

Riça disse...

Tenho que me retratar, não vá o AMEF pensar que eu o conheço de gingeira e que o nosso tratamento é tu cá tu lá. Não é não senhora. É mais como está, como passou, como vai...mas aqui nos blogues ningém me conhece(?) e permito-me a estes atrevimentos, logo auto-censurados após uma revisão mais atenta ao meu comentário anterior.

Hugo, vou ler os seus poemas que devem estar lá para trás...logo lhe direi a minha impressão

Ardina
Faça-me um favor: Não escreva axo, bem sei que não é um erro, é um método económico de escrever disparates, e por isso dispensável. Já quanto "está-se a vestir" não é um problema de economia... como sabe escrever não é a mesma coisa que falar...há que ter certos cuidados. Tentar escrever correctamente é um reflexo de consideração por quem nos lê.
Bons repenicos

Riça disse...

Olá Nuno. Conheço bem a obra do Al Berto. Aliás, tive oportunidade de privar com ele entre 1990 e 1995. Já tinha percebido pelo teu perfil que gostas. Viveu a vida com a mesma urgência que escreveu poesia. Despediu-se sereno, contrariando quase toda a sua existência. Um grande poeta.

Achadiça disse...

então a dona riça privou com o al berto e nunca comentou...teve "Medo" de quê? e eu que pensei que lhe conhecia todos os passinhos lá por lisboa...tenho que averiguar isso

Hugo e ardina não liguem aos pruridos da riça...lá no nosso galinheiro também chateia com essas exigências da poesia e do português...não é nada pessoal, são coisas da idade

o garret nunca me empolgou. gosto mais do boto só para provocar o cingab
B:»»

Anónimo disse...

Hugo invista na prosa e leia muita poesia. Fazer boa poesia está ao alcance de muitos poucos. Claro que isso não impede que sejamos pretenciosos. Como aparentemente não tem vaidades poéticas a intenção é sempre boa.

Bons repenicos e continue a manter este blog vivo e dinâmico

Já agora obrigada pelo comentário que deixou na minha crónica

Riça disse...

O comentário anterior é meu mas como sou um bocado trenga nestas coisas dos berloques saíu anónimo

Riça