quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal !

Abram o vosso coração... Sonhem... Desejem... Amem... Sorriam... Sejam felizes voltando a ser criança... Desejo-vos um Natal cheio de paz, amor e felicidade. Que realizem os vossos sonhos... Mas principalmente que continuem a sonhar......sempre !!!
.

Cartões Animados de Feliz Natal e Ano Novo

.
O blog Canas City deseja a todos os seus leitores um Feliz Natal


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

No coração do Dão

Paço dos Cunhas de Santar – Largo do Paço, Santar, tel. 232 945 452/ 965 667 899.
Cozinha de autor com base nos produtos regionais. Excelente garrafeira. Preço médio: €35

Em terras de Santar
Na pitoresca e vizinha povoação de Santar são outros os ambientes que nos acolhem – sofisticados –, mas igualmente ligados aos prazeres do palato. Dirigimo-nos ao Paço dos Cunhas de Santar, recuperado o ano passado pela Dão Sul e eleito “Enoturismo do Ano 2008”. Trata-se de um belo edifício setecentista que alberga um restaurante, loja de vinhos e winebar. É rodeado por jardins e pela senhorial Casa do Soito, que integra, ainda, 25 hectares de vinha, hortas, pomares e zona arbustiva. Nela se pretende fazer surgir um hotel de charme, condicente com o edifício já restaurado pelo arquitecto Pedro Mateus, com atelier no Porto, que realizou um notável trabalho de reabilitação desta estrutura, erguida à imagem do estilo renascentista italiano.
Apesar do peso da pedra e dos anos, a sensação é a de que se está num edifício contemporâneo – o que, em parte, é verdade, já que o interior foi concebido de raiz, com excepção do lagar. Essa dependência é agora uma sala destinada a encontros de empresas ou refeições para grupos até 120 pessoas ou workshops e provas de vinhos (aconselha-se marcação prévia).

Refira-se que a vizinha e mítica Casa de Santar, solar dos séculos XVII e XVIII, propriedade da condessa D. Tereza de Lencastre de Mello, há 15 gerações na família, está envolvida neste projecto de enoturismo, pelo que o espaço da adega, capela, cozinha velha, sala dos coches e jardins podem ser visitados. Trata-se de uma excelente forma para abrir o apetite, já que no Paço os jovens chefs Luís Almeida e Diogo Rocha, de 22 e 25 anos, respectivamente, nos irão provar porque são já uma referência na região. Propõem cozinha de autor com produtos tradicionais e pratos tão originais quanto peito de codorniz, trufa laminada e telha de cenoura, trouxa de mariscos acompanhada de creme de abóbora, emulsão de coentros e alho francês ou enrolado de polvo com legumes frescos salteados (a carta varia sazonalmente). Quanto às sobremesas, desde o creme de arroz-doce, com semifrio de canela e estaladiço de limão ao pão-de-ló, com sorvete de citrinos e hortelã, todas as escolhas são acertadas. Só tem um senão… deixam algum peso na consciência (pelo menos).

In "Revista: Rotas & Destinos"

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Diogo Rocha: "O Queijo da Serra é um produto que não precisa de muitas voltas para brilhar"
.
.
Barrar um pão com Queijo da Serra a qualquer hora do dia era um gesto tão normal na infância e adolescência de Diogo Rocha como comer um pedaço de pão com manteiga. "É um produto que sempre existiu em casa dos meus pais", recorda o chefe do Paço dos Cunhas de Santar. "A minha mãe só se zangava por eu lamber a colher e voltar a pô-la no queijo." Hoje em dia, os hábitos de consumo mantêm-se mas as tentações são um pouco diferentes. Quando está com um ratinho, o chefe prepara uma fatia de pão com lascas de cabrito, coloca uma noz de Queijo da Serra em cima da carne e depois leva-a a gratinar. Segundo ele, é uma refeição ligeira que "funciona lindamente". Queijo da Serra aquecido acompanhado com legumes ou migas, gelado de Queijo da Serra, ananás caramelizado com Queijo da Serra ou um simples bife com o dito são pratos que constam ou já constaram nas cartas dos restaurantes da Quinta do Cabriz ou do Paço dos Cunhas de Santar, dos quais Diogo Rocha é chefe executivo. Mas as composições das receitas não são por regra complicadas. O Queijo da Serra, "por si só, já é um excelente produto". Quanto ao sabor, o chefe considera o queijo que os pequenos produtores fazem em casa melhor. Mas termos de segurança, concorda que o produzido de forma controlada tem mais qualidade. Quem não se quer arriscar a comprar gato por lebre, o melhor é optar por um produto DOP, desde que acompanhado pelo rótulo de certificação oficial e pelo numero de identificação do produtor (informação fixada na parte de baixo do queijo). A receita não será a mesma que Columela, oficial do exército romano, descreveu há quase 2000 anos no primeiro grande tratado de agricultura conhecido. Mas é seguramente um dos mais antigos e melhores queijos do mundo.
.
In "Revista Única (Expresso), 31/10/2009, por Teresa Resende"
.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um texto sem a letra "A". Isto é possível?

É possível, sim ...
.
Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e recursos fértil em diversos, tudo isso Permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível.
Pode dizer-se tudo, com sentido completo, como se isso fosse mero ovo de Colombo, desde que se tente. Sem se inibir, pode muito bem Empreender o leitor este belo Exercício Dentro do nosso Fecundo e peregrino dizer português, Puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e Honroso reconhecimento.
Trechos difíceis resolvem-se com sinónimos.
Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento Instrutivo.
Brinque-se com tudo mesmo.
É um belíssimo desporto do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo sem o "P", "R" ou "F", escolher o que quiser. Podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir.
Porém, mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos.
Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem hoje o nosso português, culto e belo substituí querendo, tradução-lo pelo. Porquê?
Cultivemos o nosso Polifónico e Fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos Povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, oh moços estudiosos, escritores e professores!
Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugil, de heróis e de nobres Descobridores de novos mundos!
.
Autor: Desconhecido

.

domingo, 18 de outubro de 2009

OBRIGADO FAMILIA !!!!!!!

U2 360º TOUR
EU VOU LÁ ESTAR !!!



AGRADECIMENTO ESPECIAL A TODOS OS MEUS FAMILIARES QUE TORNARAM ESTE SONHO EM REALIDADE.
OBRIGADO: MARISA, DIOGO, SARA, ELIANA, JOSÉ e TÂNIA



sábado, 17 de outubro de 2009

Arroz com chá

Há cada vez mais gente a utilizar carqueja em culinária. Para Diogo Rocha, é "um sabor de infância". A carqueja é muito usada na Beira Alta para infusões e tempero de pratos, como o arroz de carqueja. Foi por causa da familiaridade com esta receita tradicional que o chefe de Canas de Senhorim decidiu transformá-la numa das opções da ementa do Paço dos Cunhas de Santar, sem grandes alterações em relação à confecção original. Ou seja, o chefe coze o arroz numa infusão da planta. A única diferença é que no restaurante, "Às vezes, reduz-se o chá para concentrar ainda mais o sabor a monte", explica Diogo. Na verdade, é nos montes e matagais, sobretudo no Norte, que a carqueja nasce espontâneamente ao lado de outras plantas bravas, como a giesta, a esteva e o tojo. O que se aproveita para cozer o arroz ou para temperar carnes estufadas- diz-se que dá um sabor bravo ao coelho manso- são as pontinhas dos caules. Ainda assim, na opinião de Diogo Rocha, é preferível fazer infusões e usar os caldos para temperar do que empregar os caules directamente nas marinadas. Entre Abril e Maio, a planta enche-se de uma flor amarela que é colhida e seca e serve também para fazer infusões, não para condimentar a comida, mas para beber. Este chá é muito apreciado por ter um efeito diurético. Também se pode comer a flor, que segundo o chefe do Paço dos Cunhas de Santar, é resinosa e tem um sabor adstringente.
.
In "Revista Única (Expresso), 17/10/2009 por Teresa Resende"

domingo, 11 de outubro de 2009

Um Tesouro Beirão


Diogo Rocha é fã de bucheira, uma espécie de morcela, típica da Beira Alta, com um forte sabor a cebola e muita gordura.
.
Nascido em Canas de Senhorim, a poucos quilómetros de Santar, Diogo Rocha sente-se duplamente em casa no Paço dos Cunhas de Santar. Além de ter raízes naquela região beirã, foi ele e a equipa que o acompanha que lançaram as sementes e deram um rumo ao restaurante que há um ano ocupa uma parte do antigo paço. Desde o início, a preocupação do chefe foi dar uma nova vida aos produtos da terra, um cuidado que se nota desde logo na carta da casa. Uma das propostas da ementa é bucheira com entrecosto cozido, puré de castanha e grelos, um prato inspirado na tradição gastronómica da Serra da Estrela e arredores (ver receita)..
A bucheira é um enchido típico da Beira Alta, que se pode incluir no grupo de morcelas. Segundo Diogo Rocha, não existe em mais lado nenhum, mas, como não foi objecto de qualquer qualificação de origem geográfica ou protegida, é difícil encontrar na região um só sabor para este enchido. "Todos os talhos têm bucheiras, mas são diferentes de lugar para lugar." Para o gosto do chefe, a melhor bucheira é a de Fiais da Telha, uma aldeia do concelho de Carregal do Sal, situada entre as serras do Caramulo e Estrela. Por tradição, a bucheira acompanha carnes cozidas, o método de confecção outrora mais usado por causa das salgas. Quanto ao sabor, é fortemente marcado pela cebola, um dos seus ingredientes, além do sangue e carne gorda, muito gorda. Diogo Rocha diz que o paladar não é comparável ao de nenhum outro enchido. "É uma morcela maravilhosa, só que é um pouco indigesta", admite o chefe do Paço dos Cunhas. Por isso, convém ter um bom estômago para a digerir ou então acompanhá-la com um touriga nacional, que, segundo o chefe, também ajuda a fazer a digestão..

.


Bucheira, entrecosto cozido, puré de castanha e grelos: (4pessoas)
.
2 bucheiras; 0.6 Kg de entrecosto; 0.5 Kg de castanhas; 0.5 Kg de grelos; 100g cebola; 20g de alho laminado; 10g de pimenta branca; 1g pimenta da Jamaica; 1 folha de louro.
.
LIMPE o entrecosto, deixando os ossos bem limpos. Coza o entrecosto e a bucheira com as especiarias, o alho, louro e um fio de azeite. Faça um refogado com azeite, alho e cebola; junte as castanhas e um pouco de água; tempere com sal e pimenta, tape o tacho e deixe cozer. Depois de cozidas as castanhas, faça o puré e rectifique temperos. Coza os grelos na água de cozer as carnes.
.
In "Revista Única (Expresso), 09/10/2009, por Teresa Resende"
.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Aqui há tacho!

Quando se fala de politica, vem-me sempre à cabeça a palavra Tacho... vá-se lá saber porquê.
E já que se fala de Tacho, deixem-me que desta vez, arrede um pouco as atenções da vida politica e se fale do dito Tacho na verdadeira ascensão da palavra.

.
Diogo Rocha: "No Paço dos Cunhas de Santar faz-se uma cozinha de base portuguesa, com os produtos da região, mas usam-se as técnicas modernas para proporcionar refeições mais equilibradas."
.
Não foi por acaso que Diogo Rocha escolheu como ponto de encontro o granítico paço seiscentista, mandado construir por D. Pedro da Cunha ao estilo da Renascença italiana. É aqui que está aquilo a que ele chama o seu "filho legítimo". Aberto há um ano, o restaurante Paço dos Cunhas de Santar é 100 por cento da responsabilidade do jovem chefe, "desde o desenho do espaço de trabalho às propostas da lista". No Paço dos Cunhas faz-se uma cozinha "de base portuguesa". Os produtos da região são os protagonistas, mas é-lhes dada "uma volta utilizando as técnicas modernas para proporcionar uma refeição mais equilibrada". E o primeiro protagonista das cinco refeições que o chefe apresentará ao longo de Outubro é a amora silvestre, que, não sendo exclusiva da região do Dão, abunda nos terrenos do paço, à volta das vinhas. Diogo Rocha costuma usar este fruto no empratamento, como elemento decorativo, mas decidiu dar ainda mais destaque à amora criando uma nova sobremesa. "É o que fazemos habitualmente; criamos os pratos em função do produto."
.
Creme queimado de amoras com bolacha de milho e avelã: (4 pessoas)
200 g amoras;50 g de açucar em pó; 3 gemas; 0,260l de natas; 0,3 dl de leite; 3 claras; 40 g de manteiga; 20 g de farinha de trigo; 40 g de farinha de milho; 50 g de avelã em pó.
.
Triture as amoras e passe pelo chinês. Junte o açucar e as gemas, e adicione o puré de amora mexendo sempre. Ferva as natas com o leite e adicione ao preparado anterior, mexendo com as varas. Passe todo o preparado pelo chinês coloque em taças e leve ao forno a 100 graus durante 55 minutos. Para a bolacha, bata as claras ligeiramente, junte as farinhas e a manteiga e mexa bem. Espalhe a massa num silpat com o formato que desejar, ou numa folha de papel vegetal, e leve ao forno a 160 graus cerca de 4 minutos.
In "Revista Única (Expresso) 03/10/2009 por Teresa Resende"

Sondagens "Canas City"

Estão aqui as sondagens realizadas neste blogue para a Junta de Freguesia de Canas de Senhorim e para a Câmara Municipal de Nelas.
.

.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Borgstena suspende lay-off

A Candidatura ao Plano de Apoio ao Sector Automóvel (PASA) apresentada pela Borgstena, fábrica de tecidos automóveis em nelas, foi chumbada.
.
O Instituto de Emprego e Formação Profissional não aceitou a candidatura porque a empresa entre Janeiro e Fevereiro reduziu uma centena de postos de trabalhos.

.
"Nós tivemos conhecimento do PASA logo numa fase inicial, em que havia uma indicação de que para concorrermos não podia haver um despedimento colectivo. E optamos por não recorrer a um plano de despedimento colectivo. O número de pessoas que queríamos reduzir fizemos através de acordos mútuos", explica o director Geral, Joaquim Albuquerque, justificando, que a versão final do PASA definia que a empresa tinha de manter o mesmo número de trabalhadores, numa altura em que a empresa já tinha despedido alguns operários. "Não conseguimos cumprir esse requisito. No início tinhamos 300 trabalhadores, mas depois do incêndio os contratos que eram recentes não foram renovado. Com a alteração da conjuntura de mercado houve ainda a necessidade de reduzir cerca de 100 postos de trabalho", refere.

.
Apesar do chumbo da candidatura, o director garante que a empresa vai suspender com o lay-off que estava em vigor desde Fevereiro. "Tivemos um aumento de vendas de cerca de 10 por cento. Conseguimos a redução de custos, através da renegociação das matérias-primas com os nossos fornecedores", explica Joaquim Albuquerque.

.
De acordo com o director, a empresa vai retomar a produção em pleno em Julho já nas novas instalações.

.

sábado, 23 de maio de 2009

Distrito com mais 5.500 desempregados em 2009

Os dados relativos ao número de desempregados no distrito de Viseu permitem concluir que houve um aumento de 5. 600 desempregados no primeiro trimestre de 2009. Mangualde é o concelho onde, proporcionalmente, se regista o maior aumento, de acordo com a comparação entre o último trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2009. Numa análise geral do quadro dos concelhos, regista-se que em todos os 24 aumentou o número de desempregados.
De acordo com um trabalho desenvolvido pelo Jornal do Centro – com base apenas nos dados disponíveis no Instituto de Emprego e Formação Profissional, uma vez que os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística apenas disponibilizam números referentes à região Centro, justificando que as ‘estatísticas do emprego’, não vão ao nível de distrito, só se encontram até a desagregação de NUTS II" – comparando os últimos três meses de 2008, com os primeiros três de 2009, o concelho de Viseu regista mais 1296 desempregados. No entanto, sendo capital de distrito, de dimensão superior relativamente aos restantes aglomerados, leva à conclusão que Mangualde, com um aumento de 623 desempregados é onde está a maior mancha. Na posição seguinte surge o concelho de S. Pedro do Sul, com mais 479 desempregados, Nelas com mais 460 e Cinfães com mais 396 residentes no desemprego. Por outro lado, Vila Nova de Paiva e Lamego, são os concelhos com menor aumento, seguidos de Armamar e Penedono.
Face a este cenário não é difícil encontrar explicações para tal realidade. A dispensa de mais de 400 trabalhadores da Peugeot/Citroën, em Mangualde desde o início do ano, é a principal razão, sobretudo, para o aumento de desempregados em Mangualde e Nelas, uma vez que a fábrica, sendo a maior empregadora do distrito de Viseu, absorve trabalhadores de vários concelhos vizinhos, nomeadamente, Nelas, Penalva do Castelo e Viseu. Já em Cinfães, o número elevado de desempregados explica-se com a quebra da construção em Espanha, para onde emigravam famílias inteiros para trabalharem na construção civil e agora vêm-se obrigadas a regressar por não terem já trabalho no país vizinho a viver a crise internacional.
Este cenário vai ao encontro do panorama nacional. A taxa de desemprego atingiu os 8,9 por cento no primeiro trimestre de 2009, o que representa um agravamento face aos 7,6 por cento do período homólogo de 2008. Ainda assim, os valores mais baixos encontram-se na zona Centro (6,7, contra os 5,7 de 2008), que absorve 14 dos 24 concelhos do distrito de Viseu (os restantes 10 fazem parte da região Norte).
Analisando o distrito, concelho a concelho, encontra-se uma distância normal que vai entre Viseu e os restantes, mas regista-se a surpresa ao ver Cinfães (1295 desempregados em Março) logo depois de Lamego (1479 desempregados em Março) e acima de Mangualde (1151 desempregados em Março). Penedono é o concelho com menos desempregados (93 em Março), seguindo-se Sernancelhe (206 desempregados em Março) e Mortágua (244 desempregados em Março).
Emprego no comércio volta a crescer> A população empregada no sector do comércio em Portugal voltou a crescer no primeiro trimestre de 2009, de acordo com os dados do inquérito ao emprego, do Instituto Nacional de Estatística (INE). O sector, em contra-ciclo com os números referentes ao emprego, registou um aumento de 1,2 por cento, que corresponde a um ganho líquido de nove mil postos de trabalho, adianta o INE.
A população empregada no sector do comércio em Portugal situa-se agora nos 791.6 indivíduos.
O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, sublinha em comunicado que "os dados vêem confirmar que o sector do comércio tem conseguido encontrar soluções que permitam criar desde 2005, mais de 18,7 mil postos de trabalho".
Esta visão optimista do Governo contrasta com a opinião dos agentes do sector no distrito de Viseu. Ao pessimismo dos comerciantes, que assistem a fortes quebras nas vendas obrigando-se "a despedir funcionários para não fechar a porta para todos", junta-se a voz do presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, Gualter Mirandez. O dirigente admitia no início de 2009, que "20 a 30 por cento" do comércio tradicional deve fechar as portas este ano, com consequências "desastrosas".
.
.
IN "Jornal do Centro, 22 de Maio de 2009"

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O grupo Dão Sul - Global Wines lançou alguns dos seus principais vinhos brancos de 2008, num jantar para especialistas.

....Na apresentação dos novos vinhos brancos, a Dão Sul – Global Wines realizou um jantar vínico, para o qual foram convidados alguns dos melhores “chef’s” de cozinha portugueses – Vítor Sobral, José Júlio Vintém, Bertílio Gomes e Diogo Rocha (este último natural da vila de Canas de Senhorim e que trabalha actualmente no grupo Global Wines).
.
....Durante o jantar vínico em que a Dão-Sul - Global Wines apresentou novos vinhos, os Chef's Vítor Sobral, José Júlio Vintém, Bertílio Gomes e Diogo Rocha fizeram desfilar iguarias com base em peixes e outras jóias dos mares. A apresentação previa vinhos brancos apenas e a noite correu, lenta e elegante, ao som de violoncelo e violino na degustação de pratos de requinte absoluto.
....Só de exemplo, refiram-se as excelentes entradas de Petinga Albardada (José Júlio Vintém), Mimo de Ostras (Bertílio Gomes), Alhada de Camarão (Víctor Sobral) e Polvo de Meio Fumo (Diogo Rocha).
.
In "Diário as Beiras, 08-05-2009"

"Educação influencia comportamento homossexual"

Perplexidade Bispo que defendeu o preservativo e a separação de casais em caso de violência chocado com reacções fundamentalistas
.

Ilídio Leandro, bispo de Viseu, não retira uma vírgula ao que tem dito e escrito sobre temas polémicos no seio da Igreja Católica.
Lamenta que algumas das suas posições tenham sido reveladas fora do contexto, mas mantém a defesa do uso do preservativo para evitar doenças e da separação de casais em casos de violência doméstica.
Apoia o fim do celibato dos padres e condena o enriquecimento ilícito. Em entrevista ao "Jornal de Notícias" realça a solidariedade de outros bispos, diz não estar a ser perseguido por delito de opinião, mas revela perplexidade pelo "fundamentalismo" expresso por leigos de vários cantos do Mundo.

.
Não esperava reacções tão negativas dos leigos às suas posições?
Não desta forma. Sei que há clivagens, muitas vezes por ignorância ou desconhecimento, mas não contava receber tantas mensagens e e-mails de leigos a condenar o que disse ou escrevi. Pessoas que não conheço, inclusive de outras nacionalidades, reveladoras de um fundamentalismo tremendo que eu não pensava existir. Reacções muito violentas que me deixaram chocado. Interrogo-me se não devemos ser todos mais tolerantes.
A Santa Sé pediu-lhe explicações sobre a defesa do preservativo?
Não. Nem estava à espera que isso acontecesse. Na igreja há pluralismo e respeito absoluto pela pessoa humana, pela sua dignidade, pelas suas diferenças e valores.
E os bispos portugueses?
Estive em Fátima quatro dias, num encontro episcopal, e fui tratado com muita amizade e compreensão pelos colegas. Como de resto aconteceu com a comunidade, padres e leigos, da minha diocese. Quem leu o artigo sobre o uso do preservativo reconhece o contexto em que o escrevi.
Que contexto foi esse?
Escrevi o artigo a admitir o uso do preservativo, na linha da doutrina da igreja, para fazer vir ao de cima temas que Bento XVI desenvolveu na visita que fez a África e que os jornalistas ignoraram. A única coisa que causou alarido foi o Papa ter condenado a utilização do preservativo, considerando que a sua distribuição não resolvia o problema da Sida.
A culpa é dos jornalistas?
Na verdade fizeram comigo o que fizeram com o Santo Padre: descontextualizaram a palavra preservativo. Foi um mau serviço, mas não creio que o tenham feito por má fé. O desconhecimento da realidade, leva a que surjam nos jornais, como escândalo ou novidade, coisas que fazem parte da doutrina da Igreja. A culpa se calhar também é nossa por ausência ou deficiente comunicação.
Mas defendeu o preservativo enquanto o Papa o condenava...
Defendi que uma pessoa infectada por doença, que não abdique de ter relações sexuais, mesmo sabendo que há o risco de contaminar ou até provocar a morte do parceiro, é moralmente obrigada a prevenir-se. Isso faz parte da doutrina social da Igreja. O Papa Bento XVI, responsável pela Igreja Universal, tem de apontar o ideal. Não podem esperar que ele diga outra coisa.
Controlar a natalidade com métodos naturais faz sentido hoje?
A Igreja aceita e propõe métodos naturais para uma paternidade e maternidade responsável. Deixa de fora os recursos artificiais. Mas há excepções. Em períodos transitórios, os casais podem usar métodos artificiais de controlo da natalidade, desde que nunca sejam abortivos e tenham sido determinados pelos médicos.
Diz defender uma Igreja para as pessoas do século XXI...
Na Idade Média a Igreja esteve atenta às pessoas da época. O século em que vivemos tem de fazer o mesmo. É preciso ter respostas para as novas realidades.
Não há aqui uma contradição?
Creio que não. Embora a Igreja aconselhe e busque o ideal, nunca vai abandonar quem falha, quem usa a pílula, quem faz o aborto. Estará sempre ao lado das pessoas feridas, caídas e que pela sua fragilidade ou até pela sua falta de formação, não aceitam e acompanham a vida da igreja.
Há dias defendeu o fim do celibato dos padres. Mais uma polémica?
Não é meu propósito. Neste caso, e sempre que me pedem opinião, recorro à doutrina da Igreja. O celibato dos padres, fundado no século XI, já vinha de um hábito e de uma tendência muito anterior, fruto de uma opção radical por Jesus Cristo e por uma consagração efectiva a Deus. Fruto dessa realidade, a Igreja latina, ao contrário das oriental e ortodoxa, mantém essa prática. Essa lei que no século XI se estabeleceu poderá a seu tempo, com uma reflexão profunda e madura, ser alterada.
O tema está em cima da mesa?
Neste momento, não. Mas a seu tempo pode haver alterações.
Poderia ser uma solução para atacar a crise de vocações?
Tenho dúvidas. As igrejas ortodoxa e do oriente, que aceitam homens casados ou que venham a fazê-lo, têm testemunhado que isso não ajudou a resolver o problema das vocações. Ser sacerdote, muito mais do que ser casado ou não, é assumir um estilo de vida ligado a valores intrínsecos e a uma entrega total aos outros.
Há quem defenda a ordenação de mulheres...
Ao contrário do que acontece com os homens, a ordenação de mulheres não tem tradição na Igreja primitiva nem no tempo de Jesus. Fazê-lo implicava uma alteração profunda no seio da Igreja. Esta realidade não significa, no entanto, um menor reconhecimento pela dignidade e igualdade da mulher.
Apoia a separação do casal num cenário de violência doméstica?
Apoio. Mas isso é doutrina. Não é novo. A igreja tem três propostas para os casos em que se verifique violência doméstica: acreditar até ao fim que é possível a reconciliação; aceitar a separação de pessoas e bens temporária ou definitivamente, quando não for possível o reencontro; e, quando por qualquer razão essencial o casamento falhou, aconselha o recurso à nulidade do matrimónio.
A verdade é que já anulou meia dúzia de casamentos...
Sou bispo há dois anos e meio e já assinei meia dúzia de casos. Isto não é apoiar o divórcio, mas aceitar a decisão de anulação determinada pelo Tribunal Eclesiástico. Nesse caso, o homem e a mulher ficam novamente solteiros e podem voltar a casar e a refazer as suas vidas.
Tem levantado a voz contra o enriquecimento ilícito e a injustiça...
É injusta a grande diferença entre ricos e pobres em Portugal. É injusto e imoral que se criem empregos para pessoas que usaram, muitas vezes mal, o seu lugar de gestor público. Muitas vezes para seu benefício e prejudicando o bem comum. E que depois são premiadas com novos empregos e nomeações fictícias para continuarem a ter benesses chorudas, com prendas e luvas acrescidas.
O que deve ser feito?
Denunciar. Denunciar, proclamar valores e dar o exemplo.
Vêm aí três actos eleitorais. Qual deve ser o papel da Igreja?
Alertar para o direito e o dever de votar. É a primeira coisa. Depois, porque o acto de votar pressupõe a formação de uma consciência, cabe a cada um avaliar as propostas dos diferentes partidos. A estes, apelamos a que não deixem escondidas na gaveta propostas que mais tarde, sem aviso, aplicarão com o poder que lhes foi dado pelo povo. Quer revolucionar a Igreja?
Não sou revolucionário. Nem quero. Sinto apenas que a Igreja deve ser prospectiva, estar atenta ao Espírito Santo, combater a neutralidade, aprofundar as propostas de renovação do Concílio Vaticano II e não andar atrás dos outros a apagar fogos.
O protagonismo ajuda a mudança?
O protagonismo é indesejável e desvia da unidade e comunhão. Temos de respeitar a individualidade intrínseca a cada ser humano e fazer tudo para que haja pessoas felizes no século XXI.
O que pensa a Igreja da qual é pastor sobre homossexualidade?
A homossexualidade é uma vivência sexual que não é aquela que a Igreja Católica defende e procura promover entre as pessoas. O que a Igreja reconhece, apoia e estimula é a relação normal para o casal e para a família: a relação entre o homem e a mulher.
É dos que partilha a ideia de que a homossexualidade é um desvio?
Não tenho competência técnica e científica para fazer uma afirmação peremptória sobre essa matéria. Mas existem vários estudos publicados, na sua maioria da autoria de psicólogos e psiquiatras, que têm dedicado boa parte da sua vida a aprofundar estas questões, a sustentar que a educação na infância influencia o comportamento homossexual.
O ambiente familiar é então determinante na orientação sexual...
Segundo alguns especialistas e estudiosos, sim. A educação na infância, o modo de vida das famílias e todo o contexto em que as crianças começam por desenvolver a sua personalidade, ditam o seu comportamento futuro. A vários níveis, inclusive sexual.
Onde fica o factor hereditário da homossexualidade?
A maioria dos psicólogos identifica sobretudo o contexto familiar e a sua influência na orientação sexual dos mais novos. São poucos os que ligam o comportamento homossexual à hereditariedade. Mas não sou redutor nem fundamentalista. Sei que também há muitos casos de médicos que justificam a homossexualidade masculina e feminina com factores de natureza hereditária. Temos de respeitar as duas teses.
Em qualquer dos casos, qual é a postura do bispo de Viseu?
A Igreja, e eu não sou excepção, faz apelo à educação nas famílias orientada para a promoção de valores que salvaguardem o bom ambiente familiar. Uma relação positiva entre o homem e a mulher, um amor profundamente vivido em todo o ambiente que rodeia pais e filhos, seguramente que será um bom exemplo e terá bons resultados na formação integral das crianças e adolescentes a todos os níveis.
Seja qual for a natureza, a homossexualidade é uma realidade...
A exemplo do que já afirmei a propósito de problemáticas que têm a ver com a vida das pessoas, a Igreja defende o ideal. Mas não vira as costas a quem não o segue. Pelo contrário. Em última instância, a Igreja quer que os homens e as mulheres, independentemente das suas opções e comportamentos, sejam pessoas felizes. Todos temos direito à felicidade.

.
In "Jornal de Npticias, 08 Maio 2009"

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Agricultor morre atropelado na EN231

Um homem, de 80 anos, morreu, durante a manhã de ontem, depois de ter sido atropelado por uma viatura ligeira quando atravessava a EN 231, junto da localidade de Vilar Seco, no Concelho de Nelas. Segundo informações dos bombeiros, o octogenário estava a sair da sua propriedade agrícola em cima de uma mota e já tinha andado alguns metros em direcção ao outro lado da estrada sem reparar que se estava a aproximar um automóvel, tendo sido colhido por este. O homem ainda foi reanimado no local, mas viria a falecer no Hospital de Viseu, para onde tinha sido transportado pelos Bombeiros de Nelas.Além dos elementos da corporação nelense, estiveram no local militares do posto local da Guarda Nacional Republicana e uma equipa de investigação de acidentes da mesma força de segurança.
Obras na EN231
De acordo com as autoridades, é mais habitual haver acidentes na EN231, quando chove, no entanto, os excessos de velocidade e as ultrapassagens perigosas também já têm provocado diversos sinistros graves. A via está, actualmente, a ser requalificada para melhorar as condições de segurança, através da eliminação de alguns pontos negros e curvas sem qualquer visibilidade.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

“Nós consideramos [o lay-off] uma machadada quase final”

Tem 33 anos, é natural de Santar, concelho de Nelas e é de Santar que se desloca, diariamente, há 13 anos para trabalhar na Peugeot Citröen de Mangualde, onde exerce a profissão de pintor de automóveis. Foi eleito em Fevereiro coordenador da nova Comissão de Trabalhadores da Peugeot-Citroen de Mangualde. Uma eleição que decorreu num período conturbado da maior empregadora do distrito de Viseu, a laborar há 46 anos no concelho, onde já foram mandados embora cerca de 600 trabalhadores. Três meses depois, acompanhado por uma equipa de sete pessoas, admite que mudou o estado de espírito dos colaboradores da empresa, acusados durante anos de serem pouco unidos e hoje reconhece maior “união” depois do seu apelo para se “pensar no colectivo”. Foi talvez a primeira conquista, mas teme pelo futuro da Citroën. Não poupa administração, deputados e governo e só vê uma saída para a recuperação da empresa: “Entendemos que o governo devia olhar para esta empresa como uma situação extrema”. Aceitou conversar com a Rádio Noar e com o Jornal do Centro em vésperas do 1º de Maio, admitindo que as comemorações do Dia do Trabalhador serão, este ano, muito diferentes.
O que é que um representante dos trabalhadores da Peugeot Citroën diz a centenas de operários num primeiro de Maio como este?
Aquilo que temos que deixar aos trabalhadores é palavras como resistência, confiança, mas dizer-lhes para pensarem naquilo que são, que serão e que eram os seus objectivos enquanto trabalhadores e aquilo que deve ser o respeito pela sua posição enquanto operários desta empresa, que durante anos cumprem na íntegra a sua função.
A ideia que fica dos colaboradores da Citroën é que não eram muito unidos. Isso está a mudar?
Está a mudar. O reflexo disso foi o grande momento que tivemos no sábado (18 de Abril) num plenário, no Auditório da Câmara Municipal de Mangualde, em que houve uma grande afluência, onde se percebeu que de facto há problemas muito complicados no seio de muitas famílias.
Estamos a falar de quê?
Estamos a falar de muitos problemas sociais que, num futuro próximo, caso a insistência da empresa em avançar para o sistema de lay-off tão penalizador, venha a ser concretizado. Irá aumentar o problema em grande escala e criar situações muito complicadas em famílias que ali trabalham.
Qual foi o objectivo do último plenário?
O plenário serviu para analisarmos a situação da empresa e para analisarmos e projectarmos as pretensões dos trabalhadores no imediato sobre a questão desta medida tão gravosa como o lay-off e outras questões. Foi o culminar do que temos vindo a pedir para que exista mais união entre os trabalhadores. Daí o nosso apelo de que é necessário pensar no colectivo. Senti bastante apoio e incentivo para, em conjunto com outros colegas que durante algum tempo foram trabalhando à margem desta situação, avançarmos com uma candidatura [para eleger a Comissão de Trabalhadores]. Depois de tantas previsões de que pudessem surgir diversas listas, diversas pessoas com ideias e que gostaríamos que tivessem assumido naquele momento uma candidatura, porque foram pessoas que tiveram responsabilidades em algumas matérias e não se comportaram como fiéis representantes dos trabalhadores. Responderam por eles e não transmitiam o que eles entendiam.
Usaram os trabalhadores para defender os interesses individuais?
Eram comentários que facilmente se ouviam na empresa. Nós sentimos que os trabalhadores queriam uma comissão que estivesse ali única e exclusivamente para os representar.
Hoje a comissão é respeitada dentro da empresa?
Os sinais que vêm são positivos.
A administração da Citroën de Mangualde respeita a Comissão de Trabalhadores?
Eu penso que sim. Até ao momento, temos mantido uma relação cordial na base do respeito, de ouvir as nossas posições. Temos, em muitas situações, pontos divergentes e defendem algumas questões que não serão muito positivas para a empresa, mas existe respeito e isso é importante.
Como é o ambiente dentro da Citroën?
Em tenho 13 anos de empresa e nunca senti um ambiente tão pesado, de tanta preocupação como o que se vive no momento. O nosso trabalho e o nosso empenhamento têm sido exclusivamente de esclarecer as pessoas, porque não havendo conhecimento das coisas pode proporcionar-se um ambiente muito mais negativo. Deve-se falar verdade, é muito melhor receberem uma notícia má na hora pelas pessoas que estão a abordá-lo do que depois saberem que essa situação foi escondida. Queremos falar verdade aos trabalhadores.
O lay-off é o pior momento destes últimos tempos?
É mais um momento mau, muito mau. Nós consideramos uma machadada quase final porque afecta em grande escala a sustentabilidade do trabalhador e da sua família e é grave, quando existiam outras possibilidades de se controlar o problema.
Como por exemplo?
O plano de apoio ao sector automóvel.
Não vos passava pela cabeça que a empresa iria começar a não renovar contratos?
Qualquer trabalhador que vê a abertura dos telejornais com aquele notícia [em Dezembro] e onde vê o director geral da empresa Peugeot Citroën fica ansioso mas, ao mesmo tempo, sente-se numa situação um pouco mais confortável, sentindo que havia um projecto para segurar algum tipo de situação.
A empresa ainda tem possibilidade de vir a aderir ao plano de apoio ao sector?
Aquilo que o Ministério [do Trabalho] nos transmite e o que a empresa transmite, há algum tipo de divergência. Inicialmente o que nos era transmitido pela administração era que estavam disponíveis para avançar para um plano, mas que o ministério rejeitou. Aquilo que foi dito pelo senhor ministro do Trabalho foi que a Citroën nunca tinha apresentado nenhuma candidatura, daí termos solicitado o agendamento de uma reunião ao senhor ministro e à empresa, para perceber quem tinha razão.
E?
Foi-nos transmitido pelo Ministério do Trabalho que a empresa não efectuou nenhuma candidatura e usaram o termo que não podem obrigar a empresa a candidatar-se a este plano. A empresa enveredou por outro caminho que, na nossa opinião, é prejudicial única a exclusivamente para os trabalhadores, que resolve a questão da empresa e que a segurança social nem sequer vai ser envolvida porque os dias de paragens estipulados levam a que não haja essa necessidade (lay-off).
O que respondeu a empresa?
Confirmou que nunca avançou com uma candidatura porque a empresa não garantia os requisitos e nós deduzimos que fosse a situação de ter avançado para uma redução do quadro de pessoal.
O vosso parecer negativo ao lay-off assenta em quê?
O lay-off é uma medida que devia ser usada em situação extremas e hoje em dia é usado de forma banal. O trabalhador só tem a garantia de dois terços do salário e, segundo a garantia de parar em Maio cinco dias, quem paga é o trabalhador. Um trabalhador com 600 euros de salário, nos cinco dias que não esta a trabalhar é-lhe descontado cerca de 140 euros. No final do mês a renovação é de 460 euros que depois irá efectuar descontos sobre este valor. Estes 460 euros estão acima do salário mínimo, logo vai ser ele a assumir esta responsabilidade, o Estado só intervinha se o trabalhador ficasse abaixo dos dois terços do salário mínimo obrigatório. O trabalhador, se parar cinco dias por mês, durante estes seis meses, que tenha uma redução salarial de 200 euros, vai ter 1200 euros de penalização.
"Somos mais uns a ir apelar ao Ministério"
O apoio das entidades fez-se sentir?
Sentimos que não houve apoio, solidariedade e reconhecimento a estes trabalhadores. Ainda este fim-de-semana me cruzei com um trabalhador que saiu há algum tempo e ele disse-me: "ando aqui perdido, sou um profissional [porque é especializado] mas não tenho emprego, continuo a ser um refém destas políticas".
Como foram recebidos no Ministério do Trabalho?
Fomos muito bem recebidos, mas sentimos que somos mais uns a ir apelar ao ministério.
A garantia que chega através dos deputados e dos autarcas, de que a empresa não vai fechar, chega para a Comissão de Trabalhadores?
Não. A expectativa que sentimos também é essa, é confortável ouvirmos, mas temos um presente muito negro e é neste problema [lay-off] que está para ser implementado, que necessitamos da intervenção das pessoas [deputados] que, sendo eleitas pelo distrito, têm responsabilidades acrescidas.
"O Governo devia olhar para a Citroën como uma situação extrema"
O Governo devia ser chamado a intervir?
Estamos a falar de uma situação social, de um problema muito grave que se pode estar a criar, daí não baixarmos os braços. Temos mantido relações com alguns presidentes de câmara. O senhor presidente da câmara de Mangualde e a senhor presidente da Câmara de Nelas têm mostrado uma grande preocupação, nas fazemos um apelo a outros autarcas e a pessoas que têm responsabilidade de intervenção, para ajudarem a encontrar uma forma de evitar situações muito graves.
Qual é a vossa proposta para a saída?
Entendemos que a haver alguma penalização terá que ser para quem infringiu e quem infringiu não foram os trabalhadores, foi esta e outras empresas que utilizam o lay-off depois de despedirem centenas de trabalhadores. A nossa insistência é para que haja abertura e adaptação da própria legislação no sentido de apoiar situações, de apoiar a garantia salarial e do apoio às famílias. Este conjunto de trabalhadores de Mangualde está abandonado por si só, pela empresa, pelo Estado, pelas entidades responsáveis no âmbito social e nós não vamos calar a nossa voz. Existe um clima social muito complicado e os trabalhadores estão fartos de pagar a factura e sinto que vai levar a que sejam tomadas algumas posições necessárias.
O vosso parecer não é vinculativo e o lay-off tudo indica que vai ser implementado. O que se segue?
Consideramos que é uma afronta ao conjunto de trabalhadores. Existe um parecer que deve ser respeitado e devem ser encontradas formas de contornar o problema. Todas as formas de luta estão em cima da mesa, poderemos ter um 1º de Maio muito diferente em Mangualde, mas os trabalhadores estão fartos de levar porrada e não podemos permitir que se continue a assistir a estas injustiças. Os trabalhadores sentem-se quase reféns deste baixo salário oferecido nesta empresa.
Acredita numa medida de excepção?
Entendemos que o Governo devia olhar para esta empresa como uma situação extrema. Deveria ser ajustada esta ou aquela medida às necessidades desta ou adquela empresa. As questões generalistas vão sempre beneficiar alguns e prejudicar outras, se calhar, com mais necessidades. A empresa necessita de outro meio de apoio. O Governo deve olhar para esta situação em conjunto com a administração da empresa. A nós, cumpre-nos alertar para quem tem responsabilidades, daí o nosso apelo para que seja encontrada uma forma de colocar estes trabalhadores, por exemplo, numa situação de formação que seria positivo para todas as partes.
.

Bispo de Viseu aceita casamento dos padres

Dom Ilídio Leandro não se opõe ao casamento dos padres e reitera aceitação ao uso do preservativo.

O Bispo de Viseu, Ilídio Leandro, voltou a a agitar a Igreja católica. Em menos de um mês, mostrou aceitação ao divórcio, ao uso do preservativo e, agora, ao casamento dos padres. “Era capaz de aceitar” o sacerdócio dos sacerdotes, admitiu.

“Neste momento, a Igreja Católica Apostólica Romana diz que o sacerdotes não casam. É uma lei da Igreja, temporal, pode alterar-se. Quando a Igreja, de uma forma madura, achar que é altura de alterar, concordo plenamente”, disse Dom Ilídio Leandro, em entrevista ao “24 Horas”.

O Bispo de Viseu foi mais evasivo quanto às uniões de facto, mas admitiu que tem “de respeitar as pessoas que têm do casamento uma ideia negativa” ao fazer o “mea-culpa” da Igreja. “Respeito os que, se calhar por a Igreja não cuidar tanto do casamento, optem por uma união de facto”, disse Dom Ilídio Leandro.

Confrontado, uma vez mais, com a opção do preservativo para evitar doença sexualmente transmissíveis, como a SIDA, o Bispo de Coimbra considera que “não é uma opção por um mal menor, mas sim por um valor maior” o uso de protecção no acto sexual. “Se é para se defender o valor da vida, quando do outro lado está a morte, eu privilegio o preservativo”, disse Dom Ilídio Leandro.

Na entrevista, o Bispo, de 58 anos, mostrou-se, ainda, favorável ao uso de contraceptivos. “A Igreja defende a paternidade responsável e para isso o casal deve sentir quando é que deve procriar”, disse Dom Ilídio Leandro. “Os casais que reconhecem que, para a vivência do seu amor, os métodos naturais não são suficientes, devem utilizar os anticonceptivos artificiais que não sejam contra a vida nem contra a saúde”, acrescentou.


In "Jornal de Noticias, 30-04-2009"

Mulher de 80 anos atirou-se para baixo do Sud-Express

Uma mulher com cerca de 80 anos, suicidou-se hoje pelas 8:00 atirando-se para baixo de um comboio (sud-expresso) direcçao Mangualde-Nelas, em Água-Levada - Mangualde.A circulaçao dos comboios esteve parada cerca de duas horas e meia.O povo mostrava-se em choque e abalado com o sucedido.
.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Será que resulta?



Eu bem que tento correr rápidamente mas acho que as minhas sapatilhas não me deixam!!
Será descendência?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Luso Finsa poderá despedir operários

A quebra de encomendas poderá levar a Luso Finsa, em Nelas, a dispensar, a partir de 20 de Maio, os serviços de todas as empresas auxiliares. A unidade estará também a equacionar a redução de dezenas de trabalhadores.Anteontem, chefias espanholas e portuguesas terão reunido na Luso Finsa - Indústria e Comércio de Madeiras, Lda. para avaliar as "dificuldades que a empresa de aglomerados atravessa devido à quebra de encomendas a nível internacional"."Dessa reunião saiu a decisão de dispensar, já a partir do dia 20 de Maio, quase todos os trabalhadores das empresas auxiliares. Nos tempos áureos eram 30, depois ficaram cerca de 10 e, agora, com a crise que varre o mercado, apenas ficarão quatro elementos a garantir trabalhos de manutenção", relatou ao Jornal de Notícias uma fonte que pediu para não ser identificada.Na mesma reunião, terá sido equacionada a hipótese de a empresa dispensar até seis dezenas de operários, 50 deles efectivos."Os responsáveis admitem que meia centena de pessoas a dispensar sejam do quadro, o que está a gerar uma angústia muito grande, atendendo a que ninguém sabe ainda quais serão os critérios. Há também a hipótese de mudanças de sector para minimizar as saídas", revelou a mesma fonte.A Luso Finsa tem actualmente ao seu serviços cerca de 250 operários qualificados. A maioria tem idades que oscilam entre os 30 e os 50 anos."Sabemos que estão também a preparar-se para propor planos de pré-reforma aos trabalhadores que têm mais idade", disse um outro operário.O JN apurou que a linha de tabuleiros de aglomerado de partículas, que reiniciou a laboração no dia 15 deste mês, após uma paragem mais ou menos prolongada, deixará de funcionar, "com carácter definitivo e irreversível, a partir de 10 de Maio"."O fecho desta linha, que produz 700 metros cúbicos de tabuleiro aglomerado de partículas, vai afectar outras mais pequenas de produto acabado, plastificado, folheado e perfilado", disse um trabalhador."A empresa está a fazer tudo para evitar despedimentos, mas as quebras são grandes e os resultados pouco favoráveis", confirmou outro quadro da antiga Madibéria.José Manuel Paz, director da Luso Finsa, contactado pelo JN, não confirmou a realização da reunião entre chefias e recusou-se a comentar eventuais despedimentos.Manuel Marques, vereador da Câmara de Nelas com o pelouro dos parques industriais, referiu que a confirmar-se a crise na Luso Finsa, é uma surpresa. "Ainda há um mês, aprovámos a cedência de 200 mil m2 para ampliação da fábrica. Vamos aguardar".
.
In ( JN, 23-04-2009)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Conversa de café

Estava há dias a falar com um amigo meu Nova-iorquino (vamos chamá-lo de Eddie) que conhece bem Portugal,
Dizia-lhe eu à boa maneira portuguesa de “coitadinhos” :
- Sabes Eddie, nós os portugueses somos pobres ...Esta foi a sua resposta:
-Como podes tu dizer que são pobres, quando são capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que eu pago? Quando se dão ao luxo de pagar tarifas de electricidade, de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA? Como podes tu dizer que são pobres quando pagam comissões bancárias por serviços bancários e cartas de crédito ao triplo que nos custam nos EUA? Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 8.000 EUROS de presente ao vosso governo e nós não.
Francamente não te entendo!
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 20% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 20%, pagam ainda impostos municipais.
Além disso, são vocês que têm “ impostos de luxo” como são os impostos na gasolina e gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc, que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até 300 % do valor original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
São pobres onde?
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e de Empresas ligadas ao Estado.
Deixa-te de merdas , são pobres onde?
Os pobres somos nós, os que vivemos nos EUA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.370 €. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.
Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.
.

sábado, 18 de abril de 2009

Canas Manchada de Sangue

Não sei o que se passou, sei apenas o que se diz mas como todos sabem "quem conta um conto acrescenta-lhe sempre um ponto".
Sei que Canas perdeu pelo menos mais um dos seus habitantes e ao que tudo indica de uma forma trágica.
Normalmente não tenho qualquer tipo de problema em discutir seja que assunto fôr aqui no blog, mas normalmente faço-o com conhecimento dos factos (ou pelo menos grande parte deles), o que não é o caso..
Devido à gravidade da situação e ao meu total desconhecimento dos factos, deixo apenas aqui o link da noticia avançada hoje pelo Correio da Manhã.
.
Desde já os meus sentidos pêsames a todos os familiares

Elas são terriveis

Está um gajo descansadinho da vida sentado no seu sofá, a ver o futebol, quando de repente vinda não se sabe muito bem de onde, leva com uma frigideira na cabeça.O desgraçado, de joelhos no chão, vendo estrelas por todo o lado, volta-se para a mulher:
- Atão!?!?!? Tás parva ou quê??!? O qu'é que se passou???
- Isto é pelo bilhete que acabei de encontrar no bolso das tuas calças, e que tem o nome Marilu e o número 7500589, respondeu ela.
- Vê-se mesmo qu'és estúpida!!!! Isso foi da última vez que fui às corridas de cavalos. Marilu era o nome do cavalo, 7500 foi o valor que eu apostei, 58 era o nº do cavalo e 9 a corrida em que o cavalo entrou...Vai pr'á cozinha e não me chateies mais! Tarada....Dassssse!!!E ela:- Errei... Mas... Bom... Quer dizer.... Ò meu amor desculpa, desculpa, não volta a acontecer...
Passados 2 dias está o homem outra vez descansadinho da vida, a ver os resumos da bola, quando... PUUMMM, leva com a panela de pressão nos cornos...
Completamente tonto, deitado no chão e ainda não refeito da pancada, grita:- Porra, pá!!! Atão?!?! Outra vez!!!! O que é que foi agora?
A mulher responde:
- O teu cavalo está ao telefone...!!!
.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Vou fazer um partido

..O partido político ideal, em Portugal, não existe. Não existe porque não (se) pode. Não existe porque não (se) quer. Não existe porque não (se) sabe.
.
..Por outras palavras, ninguém quer "avançar para se queimar". E todos vão tratando da vida.
..A verdade é que a política partidária não atrai os melhores elementos da sociedade portuguesa. "Vai-se" para a política como se ingressa nas maçonarias: nas palavras de um iniciado, entra-se na Loja para se arranjar emprego, para se passar um exame, para se subir na vida.
..A velha anedota inconveniente dizia que "nada é para sempre, nesta vida, a não ser o herpes labial". Ou seja, não é impossível uma revolução, mais ou menos tranquila. Épocas houve em que novas ideias e novos dirigentes entusiasmaram os cépticos, os cínicos, os descrentes. Até os "apolíticos".
..Entretanto, muita política vai-se fazendo fora dos partidos.
..Nas ruas, nas organizações sociais, nas academias e nas corporações, nos quadros técnicos do Estado e nas empresas, nas escolas e nos quartéis. Faz-se nos círculos de amigos, nos bairros e nas cidades. Faz-se entre profissionais livres e nos meios intelectuais. Faz-se entre reformados e activos. Faz-se. Uma das provas é a misteriosa "opinião pública".
..Portugal necessita de um partido que o compreenda e transforme. Que não deixe a liberdade, a autoridade e a justiça social contradizerem-se.
Não precisa de "invenção" nem "optimismo". Há muitas escolhas que são conhecidas, são duras, e são necessárias. E o realismo face às crises (em suma, a verdade) é bem mais necessário do que a "auto-estima".
..Um primeiro tema de campanha seria assim, no partido ideal, "Política a sério". Esta implica seriedade, profundidade e labor. É preciso "pôr os políticos a trabalhar".
..Não se trata tanto de saber qual a dimensão do Estado, mas de conhecer o que faz, e como. Uma boa ideia seria "mais Estado útil, menos Estado inútil".
..Por outro lado, qualquer governo de mérito tem de apoiar e aplaudir a produção esforçada, a criação e a inovação.
..Na (in)segurança, convém propôr uma "polícia com meios, inteligente e respeitada". E, na imigração, precisamos de ser claros: "Nâo aos novos escravos. Combate sem trégua à imigração ilegal".
..Na justiça, não se deve, verdadeiramente, dizer nada. Não porque aos juízes não se deva bater nem com uma flôr, mas para evitar a continuação do actual barulho. Barulho onde espanta ser precisa uma "nota" do PGR, para assegurar a independência e tranquilidade do Ministério Público.
..Na defesa nacional, é preciso "fazer das fraquezas forças" e não o contrário. E explicar que "ser militar" não é uma profissão qualquer. Todos os dias o soldado põe "a minha vida ao vosso serviço". Do povo.
..Por fim, num País onde faltam as bases, não se construa já o tecto:
.
"Enquanto houver um português que não lê, não há TGV"
.
In (Revista Sábado, Nuno Rogério)

Yo! Majesty- Don't Let Go

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Macaco de imitação !

Agora podem também ler as parvoíces que escrevo em http://canascity.blogs.sapo.pt/
Eu sei que 1 já era difícil, agora ter de levar com 2 (haja quem aguente)!
Podem optar pelo aspecto que melhor se adequa ao vosso gosto (apesar de ser quase igual)!

Farpas, esta é para ti !

Como podem constatar no blog do nosso amigo farpas (Ai o Camandro) ele diz:
"Não tenho postado porque...
... o meu pc foi-se... para a garantia... com os cumprimentos do chip da NVIDIA que se queimou..."

.
Deixa-te de lamúrias, eu tenho a solução para o teu problema!!
.
Portátil à prova de avarias!!!

Um portátil potente com capacidade para satisfazer as mais exigentes necessidades e ainda por cima com uma inovadora garantia, a Toshiba tem em vigor uma campanha até ao próximo dia 25 de Abril que assegura que este Tecra A10 é "O único portátil com terapia anti-stress de série" porque nunca avaria. E caso sofra alguma avaria, a marca garante reparação e ainda oferece um novo Tecra equipado com um processador intel core 2Duo P8400 a 2.26GHz, 2 Gb de memória RAM 800 MHz, expansível a 8 Gb, disco rígido de 10 Gb, placa gráfica intel GMA 4500 MHD, leitor de cartões e gravador/leitor de DVD e CD, o A10 conta ainda com um ecrã de 15.4'" e resolução 1200x800p. E ainda tem conectividade sem fios Wi-Fi e Bluetooth e vem com sistema Windows Vista. Mede 361x265x39mm e pesa 2,8 quilos.

Informações: AQUI

.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Autárquicas 2009

Aconteceu o que outrora seria quase impossível na nossa vila... ou pelo menos sem que fossem vandalizados ou até mesmo apelidados de traidores!!
.

.
Pelo menos que eu saiba, nem esta lista nem qualquer outra, apresentou o seu programa eleitoral.
Aguardamos então que nos possam surpreender com o seu programa visto tratar-se de uma lista independente e leva-me a pensar que devido à sua independência o seu programa irá ser sem dúvida alguma o melhor. (mas isto é apenas uma opinião pessoal)

sábado, 11 de abril de 2009

Feliz Páscoa

A Páscoa, é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C.. O termo pode referir-se também ao período do ano canónico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.
.

.

Todos os anos se coloca a questão:

Porque motivo os símbolos pascais são os ovos e o coelho??

Mais uma vez fiz uma ligeira pesquisa que indica o seguinte: "Os coelhos são mamíferos, roedores, que se reproduzem de forma rápida, tendo grande fertilidade. O seu período de gestação não passa de quarenta dias, tornando-se símbolo da preservação da espécie.", tal como os ovos, são ambos símbolos de fertilidade, de vida em abundância.

Para os cristãos, a páscoa é marcada pela ressurreição de Cristo, pelo Seu renascimento, pelo surgimento de uma vida nova.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Turismo Macabro

Berlusconi pede aos sobreviventes que encarem a situação como "um fim-de-semana no parque de campismo"

.
O primeiro-ministro italiano voltou às declarações polémicas. Referindo-se às vítimas do sismo que na passada segunda-feira abalou a região centro de Itália e aos milhares de desalojados que estão provisoriamente acomodados em tendas, Silvio Berlusconi disse para encararem a situação como "um fim-de-semana no parque de campismo".“Não lhes falta nada. Têm cuidados médicos, comida quente... Claro que o actual lugar de abrigo é provisório, mas há que encarar a situação como um fim-de-semana no parque de campismo”, respondeu Berlusconi à cadeia de televisão alemã N-TV.O sismo já provocou pelo menos 272 mortos, entre os quais 16 crianças, segundo o mais recente balanço divulgado hoje pela Protecção Civil, citada pela agência Ansa.O número de feridos é de cerca de mil) enquanto o total de pessoas desalojadas é já superior a 28 mil, de acordo com a agência italiana AnsaBerlusconi prometeu ontem a reconstrução da região afectada pelo abalo. Depois de visitar a cidade de L'Aquila, comprometeu-se com as vítimas, anunciando a constituição de "fundos para garantir às vítimas hipotecas com taxas de juro mais baixas" e a determinação do Executivo em "proporcionar todos os recursos necessários" a uma população acossada pela crise financeira e pela Natureza, com a ajuda de todos os particulares que entretanto se mobilizaram.O primeiro-ministro renunciou, porém, visitar pessoalmente as áreas mais atingidas da cidade de L'Aquila, ao contrário do que tinha anunciado anteriormente.
.

Qimonda alemã tirou 150 milhões

O primeiro-ministro prometeu hoje que “não atira a toalha ao chão” na busca de uma solução conjunta para recuperar a indústria da Qimonda em Vila do Conde, garantindo que o Estado português não perdeu também a esperança de recuperar os apoios concedidos à multinacional alemã. PCP chama “inocente” a Sócrates.
.
“O governo português mantém intactos todos os instrumentos para defender os seus interesses patrimoniais na Qimonda”, disse José Sócrates durante o debate quinzenal na Assembleia da República.
.
O primeiro-ministro foi questionado pelo PCP sobre a notícia avançada hoje pelo Negócios, que revelou que a Qimonda BV, "casa-mãe" da fábrica de Vila do Conde, retirou 150 milhões de euros de lucros acumulados em Portugal em Dezembro do ano passado, quando a empresa já estava em dificuldades e perto de entrar em insolvência, algo que veio a acontecer em Março).
.
“Não atiro a toalha ao chão, enquanto há vida há esperança”, sustentou Sócrates, garantindo que o governo português colocou “várias propostas em cima da mesa” para a recuperação da empresa, a ser negociada pelos governos português, federal alemão e pelo executivo regional da Saxónia.
.
“Todos perdemos a inocência”, ironizou Jerónimo de Sousa, após mostrar-se indignado com o facto de a Qimonda ter “levado para a Alemanha lucros de Portugal quando era preciso salvar empregos”.
.
IN: Jornal de Negócios, 08 Abril 2009 16:48

terça-feira, 7 de abril de 2009

Bloco de Esquerda

A noticia que se segue é muito importante, gostaria que em vez de ter sido um pequeno partido da oposição, tivesse sido o maior partido da oposição ou até mesmo o partido com maioria governamental.
.
Como a noticia é demasiado longa deixo aqui apenas o link:
.
Não deixem de ler, trata-se de um diploma bastante interessante e que eu sinceramente gostaria de ver aprovado!!
Mas como a corrupção por vezes parte de dentro do próprio governo duvido muito que sejam aprovados estes sete diplomas.

LAY-OFF na Peugeot-Citrôen

Peugeot-Citröen de Mangualde pretende entrar em lay-off durante seis meses, entre Maio e Outubro
Há duas semanas a administração da empresa propôs aos trabalhadores rescisões amigáveis, no entanto o plano não teve a adesão esperada e a administração resolveu avançar para o lay-off. A Comissão de Trabalhadores está preocupada com a possibilidade de reduções salariais, apesar de ainda não ter muitas informações sobre o plano da empresa, nomeadamente quanto ao número de trabalhadores abrangidos e a quantidade de horas que vão parar. "Depende sempre do número de dias que viermos a parar, mas nós acreditamos que pelo menos 25 por cento do salário poderá estar em risco", revelou Jorge Abreu da Comissão de Trabalhadores, à RTP. Segundo Jorge Abreu, "neste momento que o salário levou já uma redução significativa com a perda de um turno, e a consequente perda de 10 por cento do subsídio de turno, temos salários reduzidos".

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sismo em Itália

O balanço de vítimas tem crescido durante o dia.
Desalojados serão de 70 mil a cem mil.
.

Sismo em Itália: balanço de mortes sobe para mais de 150
06.04.2009 - 18h51 AFP, PÚBLICO
.
O sismo que atingiu o centro de Itália na madrugada de hoje fez mais de 150 mortos e 1500 feridos, segundo fontes hospitalares citadas pela agência italiana ANSA. O anterior balanço provisório dos serviços de emergência tinha confirmado a morte de 108 pessoas. O primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, tinha anunciado antes que este tremor de terra tinha causado 1500 feridos, que segundo a protecção civil teria deixado 50 mil pessoas desalojadas. Mas a agência ANSA diz agora que o número de desalojados poderá a tingir os 70 mil”, e o diário “Corriere della Será” fala em cem mil, no seu “site”.
.


.

Itália fez calar cientista que previu o terramoto há várias semanas

Um cientista italiano previu um grande terramoto na área de L'Aquila algumas semanas antes da catástrofe que hoje afectou esta cidade do centro de Itália, mas foi denunciado às autoridades por espalhar pânico.

Alerta na internet foi mandado retirar

domingo, 5 de abril de 2009

II Maratona BTT Vale de Madeiros

Hoje foi a segunda edição desta prova e de novo o grupo BTT SVMB fez uma boa escolha de percurso. Por 40 km teve este grupo de entusiastas do BTT a dar voltas fazer descidas e subidas sempre rodeadas da paisagem lindíssima da terra. Desfrutem das fotos e aproveitem para mostrar a aqueles que não tiveram oportunidade de por lá passar.
.

.
Altimetria da prova