terça-feira, 26 de setembro de 2006

Jonhson Controls poderá encerrar em 2007

A Ameaça de desemprego paira sobre os trabalhadores da Johnson Controls II em Nelas, esta Multinacional trabalha para a Autoeuropa e teme perder mercado em Portugal.
Cerca das 15:30 irá realizar-se em Nelas uma reunião com os cerca de 630 trabalhadores e um Representante Europeu da Jonhson Controls



A indústria de componentes para automóveis vive tempos difíceis. Depois de nos últimos três anos terem sido eliminados oito mil empregos, segundo a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas de Portugal (FSTIEP), sobretudo no sector de acessórios eléctricos e electrónicos, teme-se o fecho de duas unidades da multinacional Johnson Controls,que actua na área dos tecidos e espumas para automóveis, em Nelas e Portalegre. A notícia foi adiantada na edição de ontem do "Jornal de Negócios" e, ao que o JN conseguiu apurar, o grupo norte-americano deverá emitir, hoje, um comunicado sobre o assunto. Durante a tarde de hoje, irá, ainda, realizar-se uma reunião entre os presidente das câmaras de Nelas e Portalegre com a administração da Johnson Controls.O encerramento destas fábricas implica o desparecimento de 950 postos de trabalho e faz parte de um plano de reestruturação do grupo que prevê o fecho de 16 fábricas a nível mundial e a eliminação de cinco mil postos de trabalho em doze meses. Tanto a produção de capas para assentos da unidade de Nelas - que emprega 630 pessoas - como o fabrico de espumas em Portalegre - onde trabalham 320 trabalhadores - deverão ser deslocalizados para as fábricas que o grupo detém em Espanha.O grupo veio para Portugal na mesma altura em que a Autoeuropa se instalou em Palmela. Através da Vanpro - empresa detida a 50% pela Johnson Controls e pela francesa Faurecia -, o grupo é um dos principais fornecedores do construtor alemão de bancos completos, para os modelos Volkswagen Sharan e Seat Alhambra,que em 2008 deixam de ser fabricados, e Ford Galaxy, que já deixou de ser produzido em Palmela. Em Portugal existem 200 empresas de componentes automóveis. Cerca de metade são nacionais e o restante divide-se entre multinacionais ou empresas de capital português e estrangeiro. Em 2005 o sector empregava 40 mil pessoas e facturava 4,5 milhões de euros. Temor e muito receio pelo futuro. Era este o ambiente que ontem, a meio da tarde, na mudança de turno, se vivia junto aos portões da Johnson Controls, às portas de Nelas, no distrito de Viseu, pelos trabalhadores da multinacional norte-americana, perante a notícia do iminente fecho da empresa e da sua deslocação para Espanha."Há-de ser o que Deus quiser, mas nem quero acreditar nisso", desabafou, ao JN, Filomena Martins, um dos 630 trabalhadores que têm o emprego em risco e dos raros que aceitou falar sem recorrer ao anonimato ou "fugir" pura e simplesmente perante a presença da comunicação social. Há 14 anos na empresa, costureira, com marido desempregado e duas filhas (uma das quais trabalha também na Johnson Controls), Filomena Almeida é taxativa "Não sabemos de nada; não acredito nisto e ainda no sábado estivemos aqui a trabalhar", desabafou. Quem também não sabia de nada era Fernando Correia, que trabalha na empresa juntamente com a mulher vai para 11 anos e "com casa para pagar". "Nem quero pensar na possibilidade de isto fechar, embora pense que depois alguma coisa se há-de arranjar", disse. O ambiente de ansiedade dos trabalhadores foi ontem de manhã "cortado", segundo o JN, por uma reunião entre os "chefes de linha" e os trabalhadores , onde, apesar de não garantirem que a fábrica não fecha, afirmaram que tudo não passava de especulação. A Johnson Controls produz equipamentos interiores para automóveis e é a maior empresa de Nelas. Dos 630 trabalhadores, 500 são mulheres, segundo a presidente da Câmara, Isaura Pedro, que ainda não pode confirmar - tal como o JN, apesar dos esforços feitos junto do director-geral da empresa, José Augusto - o possível encerramento, em breve, da fábrica. "Não sabemos nada; vocês é que deram a noticia", desabafou um jovem trabalhador que preferiu o anonimato. Casado, com um filho e a esposa a trabalhar na mesma empresa, apenas disse"Nem quero pensar nisso". Município com cerca de 15 mil habitantes, Nelas tem um panorama de emprego representado por 7,5% no sector primário, 45% no secundário e 47% no terciário. O fecho da Johnson Controls poderá traduzir-se na maior crise laboral da região. As quebras no investimento directo estrangeiro em Portugal verificadas nalguns anos têm sido, em boa medida, motivadas pelo aumento da concorrência internacional e pelo recrudescimento das deslocalizações de muitas empresas para países mais competitivos, nomeadamente da Europa Central e Oriental e da Ásia. O fenómeno da deslocalização atravessa quase todos os sectores de actvidade, mas é bastante mais visível naqueles em que os custo da mão-de-obra é um dos elementos fundamentais na elaboração das estratégias das empresas. Por isso, o sector têxtil e automóvel (este em algumas áreas específicas) estão entre os mais visados.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Acabaram as Férias!!!!

As minhas férias acabaram, mas aqui vos deixo umas imagens daquilo que foi o meu verão.

Situada em pleno Centro Histórico de Sintra, classificado Património Mundial pela UNESCO, a Quinta da Regaleira é um lugar com espírito próprio. Edificado nos primórdios de Século XX, ao sabor do ideário romântico, este fascinante conjunto de construções, nascendo abruptamente no meio da floresta luxuriante, é o resultado da concretização dos sonhos mitico-mágicos do seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteira (1848-1920), aliados ao talento do arquitecto-cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936).A imaginação destas duas personalidades invulgares concebeu, por um lado, o somatório revivalista das mais variadas correntes artísticas - com particular destaque para o gótico, o manuelino e renascença - e, por outro, a glorificação da história nacional influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir. Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios.

Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico, sentir a espiritualidade crisã na Capela da Santíssima Trinidade, que nos permite descermos à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além. Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, vivendas apalaçadas de gosto requintado, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.

A Culminar a visita à quinta da Regaleira, há que invocar a aventura dos Cavaleiros Templários, ou os ideais dos mestres da Maçonaria, para descer ao monumental poço iniciático por uma imensa escadaria em espiral. E, lá no fundo, com os pés assentes numa estrela de oito pontas, é como se estivéssemos imersos no ventre da Terra-Mãe. Depois, só nos resta atravessar as trevas das grutas labirínticas, até ganharmos a luz, reflectida em lagos surpreendentes.

Pelos lados de sintra deu ainda para visitar:Convento dos Capuchos, Ermida da Peninha, Palácio de Monserrate, Palácio Nacional, Palácio de Seteais, Museu do Brinquedo, Parque da Pena, observei também o famoso Eléctrico e Carruagem de Cavalos, quanto á praias não poderia deixar de visitar a Famosa Praia das Maçãs, Azenhas do Mar (com piscina Ocêanica),Praia de Adraga, Praia Grande, Praia Pequena, Cabo da Roca(o ponto mais ocidental do continente Europeu, que Camões definia como «onde a terra acaba e o mar começa), Praia da Aguda e a famosa Praia da Ursa(pequena praia que muitos consideram como sendo das praias mais bonita do País, não poluída e limpa, é procurada por todos e normal a prática de Nudismo)
Como podem ver, foram umas férias bastante boas e que me permitiu conhecer um pouco mais o meu país, penso não me ter esquecido de nada, e como não poderia deixar de ser aconselho vivamente a visitarem Sintra e os seus arredores, não se esqueçam também de visitar A Piriquita e provar os seus deliciosos travesseiros e as suas queijadinhas de Sintra.