sexta-feira, 24 de abril de 2009

Luso Finsa poderá despedir operários

A quebra de encomendas poderá levar a Luso Finsa, em Nelas, a dispensar, a partir de 20 de Maio, os serviços de todas as empresas auxiliares. A unidade estará também a equacionar a redução de dezenas de trabalhadores.Anteontem, chefias espanholas e portuguesas terão reunido na Luso Finsa - Indústria e Comércio de Madeiras, Lda. para avaliar as "dificuldades que a empresa de aglomerados atravessa devido à quebra de encomendas a nível internacional"."Dessa reunião saiu a decisão de dispensar, já a partir do dia 20 de Maio, quase todos os trabalhadores das empresas auxiliares. Nos tempos áureos eram 30, depois ficaram cerca de 10 e, agora, com a crise que varre o mercado, apenas ficarão quatro elementos a garantir trabalhos de manutenção", relatou ao Jornal de Notícias uma fonte que pediu para não ser identificada.Na mesma reunião, terá sido equacionada a hipótese de a empresa dispensar até seis dezenas de operários, 50 deles efectivos."Os responsáveis admitem que meia centena de pessoas a dispensar sejam do quadro, o que está a gerar uma angústia muito grande, atendendo a que ninguém sabe ainda quais serão os critérios. Há também a hipótese de mudanças de sector para minimizar as saídas", revelou a mesma fonte.A Luso Finsa tem actualmente ao seu serviços cerca de 250 operários qualificados. A maioria tem idades que oscilam entre os 30 e os 50 anos."Sabemos que estão também a preparar-se para propor planos de pré-reforma aos trabalhadores que têm mais idade", disse um outro operário.O JN apurou que a linha de tabuleiros de aglomerado de partículas, que reiniciou a laboração no dia 15 deste mês, após uma paragem mais ou menos prolongada, deixará de funcionar, "com carácter definitivo e irreversível, a partir de 10 de Maio"."O fecho desta linha, que produz 700 metros cúbicos de tabuleiro aglomerado de partículas, vai afectar outras mais pequenas de produto acabado, plastificado, folheado e perfilado", disse um trabalhador."A empresa está a fazer tudo para evitar despedimentos, mas as quebras são grandes e os resultados pouco favoráveis", confirmou outro quadro da antiga Madibéria.José Manuel Paz, director da Luso Finsa, contactado pelo JN, não confirmou a realização da reunião entre chefias e recusou-se a comentar eventuais despedimentos.Manuel Marques, vereador da Câmara de Nelas com o pelouro dos parques industriais, referiu que a confirmar-se a crise na Luso Finsa, é uma surpresa. "Ainda há um mês, aprovámos a cedência de 200 mil m2 para ampliação da fábrica. Vamos aguardar".
.
In ( JN, 23-04-2009)

2 comentários:

Granito disse...

Lá nos encontra-mos 2ª feira!
A esperança é a ultima a morrer.

Hugo Rodrigues disse...

2ª feira ás 8h30m
Claro que enquanto há vida, há esperança!!
Da minha parte continuarei a lutar com mais empenho ainda para que tudo volte ao normal.